Marketing

OS “FAKE LIKES” ACABARAM, MAS OS “FAKE FOLLOWERS” CONTINUAM


Se o mundo da produção de conteúdo vive em guerra com as “fake news”, agora é a hora de enfrentar os “fake likes” e os “fake followers”. Os bots capazes de inflar números de visualizações de vídeos e métricas de engajamento obrigaram o Instagram a ocultar as curtidas em postagens. É o fim da audiência baseada na vaidade.

Isso vai gerar espaço para a métrica da relevância com foco no conteúdo. É uma boa notícia para as agências retomarem o seu protagonismo e parte do mercado parar de jogar dinheiro em influenciadores que não influenciam. Essa fraude vinha gerando dores de cabeça em vários anunciantes. Aliás, estava louco para contar esta história e acho que cabe aqui: Eu e Edu Cury (presidente do Sinapro-PB e da antenada agência Superliga 66) frequentamos um restaurante em João Pessoa que só abre “sob encomenda”. O chef entende de alta gastronomia, pois encheu o “bucho” (tá ok?) em Relais & Châteaux de várias partes do mundo e hoje divide suas experiências com harmonizações que vão de destilados e vinhos até charutos. Por R$ 5,00 reais por semana, ele foi atraído para investir no Instagram. Logo, a página do restaurante que tinha cerca de 30 curtidas (público seleto gera pouca curtida) pulou para 900 em média. Até aí tudo bem, não fosse o problema gerado.

O restaurante passou a receber aqui e acolá pedidos de reserva. Todavia, no fim do jantar, o acanhado cliente quebrava o clima sofisticado e silencioso do ambiente soltando o verbo diante do preço e da pouca comida do laureado chef. Cansado de ter que responder à pergunta “Quebrei alguma coisa?” quando apresentava a conta, o amável maître Edson propôs ao chef colocar um cardápio lá nas alturas para esse tipo de “encomenda do Instagram” cair fora sem nem pedir água. Pois bem, o anunciante foi vítima duas vezes: num primeiro momento pela “fábrica de seguidores”; e depois pela ausência de segmentação adequada, pois a plataforma virtual influenciou pessoas reais que não possuíam perfil para frequentar restaurantes de alta gastronomia.

Quais os desdobramentos dessa mudança no Instagram?

Os holofotes agora também se voltam para os influenciadores. Uma vez que é realmente difícil criar uma base fiel nas redes sociais, eles acabam sendo mais propensos a utilizar bots com followers alavancados de forma totalmente artificial num mercado clandestino já bem conhecido da indústria digital. É necessário colocar foco também em outro membro da mesma família, os números falsos – ou “fake numbers”. Os números dos relatórios digitais são armas poderosas. Dados adulterados, estatísticas falsas e matemática manipulada podem dar verniz de verdade à narrativa mais absurda possível.

O jornalista Flamínio Fantini, ex-editor executivo das revistas “Veja” e “IstoÉ”, em São Paulo, que atuou nas agências MPM Propaganda e Loducca, do Grupo ABC, e tem especialização pelo Centre de Formation et de Perfectionnement des Journalistes (CFPJ), em Paris, lançou agora em 2019 o “Números do Brasil”, com atuação na internet e em redes sociais. Em artigo recente publicado no www.poder 360.com.br, ele escreve: “Vivemos sob a ditadura dos algarismos, pois, hoje, há cifra para tudo. Vai rodada do futebol no fim de semana ao desempenho da economia, dos hábitos de consumo às preferências eleitorais, da criminalidade à audiência na internet, do uso do transporte público às exportações do agronegócio. As ferramentas de big data e analytics expandiram a quantificação de maneira assombrosa”.

O que fazer?

Existem, no mercado, boas agências que entendem muito desse negócio. Elas já sabem detectar, por meio de ferramentas de inteligência artificial, se determinados influenciadores e/ou relatórios são artificialmente “bombados”. Além disso, elas possuem estrutura para fazer um planejamento de Marketing Digital bem-feito, o que é fundamental para direcionar o caminho da empresa, fazendo-a alcançar os resultados esperados.

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