Negócios
LIDERANDO A TRANSFORMAÇÃO
Hoje peguei o computador para escrever outra coisa, mas o WhatsApp apitou e dei aquela olhadela. Acabei brindado por um texto de Sadie Thoma, diretora de desenvolvimento de agências criativas no Google.
Ela acredita que nunca houve uma época melhor para ser criativo. Em um mundo cada vez mais confuso, pensar grande e ter ideias poderosas faz toda a diferença. O que já sabíamos por intuição foi comprovado por uma pesquisa da Nielsen Catalina Solutions: a criatividade ainda é o principal elemento que aumenta as vendas.
Nesse admirável mundo novo,surgem, a todo instante, dados diferentes e inúmeras possibilidades criadas a partir do machine learning. No passado, fazíamos isso puramente baseados na intuição.
Era impossível, em mercados regionais como o nosso, comprovar o valor das ideias criativas. Sadie aponta três desafios que conseguimos superar com o poder dos dados e da tecnologia e que são exemplos para todo mundo.
1. O quanto conheço meu público?
A maioria das empresas acha que conhece seus clientes. Mas, muitas vezes, não é esse o caso. Segundo uma pesquisa recente, 61% das pessoas disseram que as marcas que deveriam conhecê-las, na verdade, não as conhecem. Mas com tantos dados e ferramentas disponíveis para as equipes de criação e de estratégia, entender de forma mais profunda as necessidades e paixões das pessoas – e garantir que a comunicação esteja alinhada a elas – está mais fácil do que nunca.
2. Estou oferecendo personalização em escala?
Novas tecnologias e ferramentas também podem ajudar a atingir os públicos certos com conteúdo envolvente. Veja que isso é algo muito importante: uma pesquisa mostra que anúncios relevantes em vídeo recebem três vezes mais atenção das pessoas do que a média das propagandas.
3. Qual é o meu roteiro de experimentos?
Se tem uma regra do trabalho criativo que eu aprendi, foi esta: não existem regras. Mas testes inteligentes e estratégicos podem nos ajudar a entender o que funciona e o que não funciona.
Essa nova leitura apontada por Sadie Thoma permite que as agências possam apostar mais no ROI (Retorno sobre Investimento) mesmo em mercados regionais como o nosso. E é isso que estamos tentando fazer nas empresas do Sin Group. Criamos um núcleo de pessoas de diversos departamentos que, antes de as campanhas saírem para o cliente, avalia as métricas de desempenho a serem utilizadas para garantir o ROI.
Isso possibilita a imediata melhoria da performance, prevê determinadas estratégias minuciosamente mapeadas, sendo possível antecipar diversos insights que servirão para retroalimentar ações futuras e contribuir para vendas ainda maiores. Com a possibilidade de individualização radical do alvo, é incrivelmente possível localizar o
cliente de modo certeiro ao longo de toda a sua jornada de consumo de produtos e de conteúdo, tanto no mundo físico quanto na internet. E isso a Criação não faz sozinha.
É bem verdade que não tem sido fácil fazer essa travessia, mas estamos tentando e até nos divertindo. Sim, porque é muito boa a sensação de gerar resultados para nossos clientes, pois estamos colados neles, vivendo suas dores, falando a mesma língua.
Por vezes, precisamos matar a bola no peito, discordar com argumentos e defender nossas teses ou aquilo em que acreditamos com elegância. É a provocação, é o olhar crítico e sem concessões que acaba por elevar o nível das nossas criações. É a inspiração para fazer diferente ao ouvir uma voz de outro departamento que, em tese, não teria que se meter na Criação.
É um modelo que ainda causa certa inquietação, desconforto e estranhamento na nossa famosa sala G, (quem trabalhou conosco sabe do que estou falando, rs), mas que não tem volta.
Particularmente só acredito em agência em que a Criação e os demais departamentos se mostram capazes de atuar, com equipes dedicadas exclusivamente a cada cliente. Não precisa ter muitos talentos. Precisa ter gente
que entende profundamente do negócio do cliente, que tenha remuneração atrelada ao sucesso do cliente e que saiba criar algo de valor para gerar resultado.
Isso faz diferença!
Empreendedor e fundador do Sin Group.