Negócios
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A tecnologia foi a grande aliada para que os advogados continuassem exercendo suas funções durante a pandemia. Isso porque eles perderam menos tempo com burocracias e iniciativas não jurídicas. No momento em que o coronavírus se instalou, o uso da tecnologia ajudou a diminuir a sobrecarga de muita gente no setor. E quem disse que foi ruim? Processos que antes eram julgados em décadas ou anos agora podem ser concluídos em meses.
No pós-pandemia, a leveza será a nova tendência. Os escritórios de advocacia tiveram que se adaptar para funcionar remotamente, o que significa desde a troca de desktops para notebooks até a mudança de servidores físicos para a nuvem. A experiência com home office diminui custos, como o transporte dos funcionários, insumos e manutenção dos escritórios. Sem contar com o aumento da qualidade de vida.
A tecnologia também vai proporcionar a inclusão no mercado de profissionais autônomos que não criavam seus próprios escritórios porque não tinham condições de bancar o investimento inicial. O notebook, por exemplo, pode ser alugado; os sistemas de acompanhamento de processos, biblioteca, todos já estão online.
Hoje, o mercado jurídico tornou-se tão relevante que profissionais de outras áreas estão de olho nele. De acordo com dados de 2018 do Conselho Nacional de Justiça, há mais de 80 milhões de processos judiciais, mais de um milhão de advogados e mais de 50 mil escritórios de advocacia. Com essa demanda, consultorias começaram a desenvolver soluções e estão invadindo o segmento antes ocupado só por quem tinha inscrição na OAB.
A mudança é vista na prática: a assinatura digital, por exemplo, exclui a necessidade de que processos sejam enviados pelo correio, trazendo mais agilidade. Não à toa, os próprios escritórios têm contratado desenvolvedores para criar seus robôs ou realizar automações.
A pandemia certamente irá impulsionar muito o mercado jurídico. Observe alguns pontos que consegui garimpar em palestras e lives que acompanhei nestes últimos 100 dias:
Contratos: os negócios estão sendo retomados e haverá novas relações contratuais.
Consumidor: resolução de conflitos entre empresas e consumidores.
Tributário: mais recuperações tributárias (para auxiliar nos caixas das companhias) e impostos a recolher.
Imobiliário: a quarentena mudou a relação das pessoas e empresas com os imóveis, expectativa de novos contratos para empreendimentos e residências.
Societário: abertura e fechamento de empresas.
Mercado de capitais: na volta à normalidade, os IPOs voltarão a acontecer, e as companhias precisarão de especialistas.
Trabalhista: com a ocorrência de muitas demissões, algumas empresas poderão não cumprir com suas obrigações na Justiça do Trabalho.
Aqui no Sin Group, acabamos de desenvolver, em parceria com uma empresa pernambucana, uma plataforma piloto para autenticar, cadastrar e acompanhar causas, tudo de forma automatizada. Para acessar o escritório, o usuário deverá escolher qual o tipo de causa, preencher uma descrição da situação e enviar todos os documentos. O advogado já falará com o cliente com todos os detalhes enviados previamente.
Oportunidades são criadas em tempos de escassez, nós estamos criando as nossas.
E você?